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Os primeiros sinais de deficiência intelectual já estão presentes na infância, principalmente casos mais graves podem ter dificuldades significativas já nos primeiros marcos do desenvolvimento (como dar os primeiros passos ou primeiras palavras, por exemplo)

A deficiência intelectual é uma condição caracterizada pelo prejuízo cognitivo e de habilidades adaptativas, sendo assim uma pessoa com deficiência intelectual tem dificuldade significativa em tarefas do cotidiano. São pessoas que podem ter limitações importantes na capacidade de compreender e aprender já que a capacidade intelectual engloba “as capacidades de aprender a se comunicar (linguagem), aquisição da informação, percepção, memória, raciocínio, pensamento etc., as quais permitem a realização de tarefas cotidianas como leitura, escrita, cálculos, dentre outras”, segundo diversos autores.

Os primeiros sinais de deficiência intelectual já estão presentes na infância, principalmente casos mais graves podem ter dificuldades significativas já nos primeiros marcos do desenvolvimento (como dar os primeiros passos ou primeiras palavras, por exemplo). É importante que os responsáveis pela criança investiguem assim que possível os atrasos que forem percebidos. Casos mais leves podem passar despercebidos nos primeiros anos de vida, porém tendem a ter dificuldades bastante significativas no processo de alfabetização.

A deficiência intelectual pode ser leve, moderada, grave ou profunda causando prejuízos em cognição, atividades intelectuais (raciocínio, solução de problemas, planejamento, capacidade de abstração, juízo) domínio pessoal-social, linguagem e atividades de vida diária. A análise da dificuldade é definida a partir dos dados de adaptação ao meio social.

Deficiência intelectual leve

A deficiência intelectual leve apresenta como principal característica dificuldades de aprender conceitos acadêmicos, pensamentos abstratos e funções executivas. A pessoa nesse caso é mais imatura do que o esperado para sua idade, sua comunicação pode ser mais concreta, assim como sua socialização, apesar dessas dificuldades necessitam de pouco apoio nas atividades do cotidiano. 

Deficiência intelectual moderada

A deficiência intelectual moderada se caracteriza por atrasos significativos na primeira infância, ficando sempre atrás dos colegas, habilidades pré-acadêmicas se desenvolvem lentamente, ainda conseguem aprender conteúdos acadêmicos (com apoio), porém sempre com limitações em relação aos seus colegas. Essas pessoas conseguem, com apoio, desenvolver certo grau de independência, apresentam linguagem menos complexa e dificuldade significativa em socialização e percepção de pistas sociais. Ao se tornarem adultos, muito provavelmente haverá necessidade de apoio para suas atividades.

Deficiência intelectual grave

A deficiência intelectual grave é caracterizada por necessidade de muito apoio para solução de problemas ao longo da vida, o indivíduo geralmente não apresenta compreensão de escrita ou conceitos acadêmicos, a linguagem é bastante comprometida, necessitando assim apoio contínuo.

intelectual profunda que é caracterizada por dependência em todos os aspectos da vida cotidiana”.

É possível perceber que o nível de dificuldade pode variar e isso delimita o nível de apoio que será necessário para o desenvolvimento dessa pessoa. Com os apoios e estimulação correta o funcionamento do indivíduo pode melhorar em relação a sua adaptação social, pois a deficiência não implica, necessariamente, em uma incapacidade geral do indivíduo já que as limitações podem variar, porém é nítido que os graus mais profundos necessitam de maiores apoios para minimizar as limitações.

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Referências:

AMERICAN PSYCHIATRIC ASSOCIATION. Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders, Fifth Edition (DSM-V). Arlington, VA: American Psychiatric Association, 2013.

JÚLIO-COSTA, Annelise.; LOPES-SILVA, Julia Beatriz; MOURA, Ricardo. ; Rio-Lima, Barbra; Haase, Vitor Geraldi. Como avaliar suspeita de deficiência intelectual. In: Leandro F. Malloy-Diniz; Paulo Mattos; Neander Abreu; Daniel Fuente. (Org.). Neuropsicologia: aplicações clínicas. 1ed. Porto Alegre: Artmed, 2015, v. 1, p. 133-148.

KE Xiaoyan, LIU Jing. Deficiência Intelectual. In Rey JM (ed), IACAPAP e-Textbook of Child and Adolescent Mental Health. (edição em Português; Dias Silva F, ed). Genebra: International Association for Child and Adolescent Psychiatry and Allied Professions 2015.

SANTOS, Deisy Clélia Oliveira dos. Potenciais dificuldades e facilidades na educação de alunos com deficiência intelectual. Educação e Pesquisa, São Paulo, v. 38, n. 4, p. 935-948, dec. 2012. ISSN 1678-4634. Disponível em: <http://www.periodicos.usp.br/ep/article/view/47917/51657>. Acesso em: 14 julho 2018.

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